segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

DIE HAPPY - O metal alternativo


O guitarrista Thorsten Mewes (à direita) esperava por tudo em 1993, ano em que buscava um (a) vocalista para sua banda. Entretanto, jamais poderia imaginar que sua 'goldene Stimme' (voz de ouro) pudesse ser descoberta em Praga.

Cidade de consagrados escritores como Franz Kafka e Rainer Maria Rilke, da vasta produção química e da cevada, Marta Jantová ia além de ser considerada uma das 1 milhão e 237 mil habitantes daquele lugar. Era, também, a filha de um famoso músico e compositor da República Tcheca, Petr Janda (pessoal do futebol: não se confundam com Petr Jandra, meia do Slavia Praga).

E um detalhe a mais: uma voz que alternava a suavidade e um certo timbre grave.

O talento, a genética... E Thorsten não pensou duas vezes em levá-la para a Alemanha. Um detalhe, porém, fazia diferença: ela não falava uma palavra em alemão.
"Mas cantando daquele jeito", pensava ele, "nenhuma língua - nem mesmo o alemão - poderia ferir esse momento".

E assim, Marta canta até hoje em inglês. Em várias entrevistas que concedeu, ela explica que "hoje poderia cantar em alemão com confiança, mas que o inglês os levaram longe e os próprios fãs pedem para que essa essência seja mantida"

Aquilo que parecia um hobby no verão de 93, tornou-se 16 anos de uma carreira muito bem estruturada, sendo o Die Happy uma das bandas de rock alternativo mais bem-sucedido do País.

O primeiro álbum da banda foi Better Than Nothing (1994), en que apenas 500 cópias foram lançadas. Felizes daqueles que possuem essa raridade.

No ano seguinte (1995), o álbum Dirty Flowers era lançado apenas na República Tcheca. Após esses dois lançamentos, outro de selo independente foi produzido - demonidado Promotion.

E por falar em "promoção" - o primeiro contrato de uma gravadora foi no final dos anos 90 - mais especificamente no dia 10 de dezembro de 1995. Foi a BMG alemã, sediada na cidade de Munique.

O primeiro CD lançado com o selo da gravadora foi Supersonic Speed (2001), aclamado pela crítica musical do País. Logo após, surgiram outros álbuns como Beautiful Morning (2001), The Weight Of The Circumstances (2003) e Bitter to Better (2005), além de um acústico (Four and More).

Em 2006, No Nuts No Glory é lançado, com algumas críticas negativas. Alguns diziam que as raízes da banda foram deixadas de lado, em função de uma tendência mais mainstream. Mas em entrevista à Rocktimes, a vocalista afirma que realmente não se podia agradar a todos, mas diferente dos outros CDs, No Nuts No Glory trazia mais sons ao vivo da banda, o que poderia ser considerado "pura música".

Os outros CDs da banda, VI (2008) e Most Wanted (2009) mostravam que ainda era possível inovar sem perder a influência do Metal e em 2010, a banda chega com o Red Box, trazendo ainda mais o "Alternative Metal" que os fãs curtem.
Para iniciarem a viagem de vocês pelo mundo de Die Happy, eis o single Supersonic Speed:



Banda: Die Happy
Formação (data): 1993
Membros atuais: Marta Jantová (vocais), Thorsten Mewes (guitarra), Ralph Rieker (bateria), Jürgen Stiehle (baixo).
Curiosidade: o termo "Die Happy" é realmente para parafrasear o termo inglês "break a leg", usado para desejar boa sorte a alguém que vai fazer algo como uma peça de teatro, teste, ou qualquer outro processo de seleção profissional.